Classic 2011 mira a "nova classe média" brasileira
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Postado por
Carlos Alberto
A General Motors do Brasil lança o Chevrolet Classic 2011, que chega com design mais atraente. Na verdade, o carro incorpora a carroceria do antigo Sail chinês. Mas, antes que qualquer um pudesse criticar, o presidente da empresa, Jaime Ardila, durante a apresentação já saiu com esta: "Nem sempre o que vocês observam é o que o consumidor acha". Tradução: por mais que se critique a solução, tudo indica que o modelo vá ser um sucesso de público, graças à relação custo-benefício.
De fato a solução foi engenhosa. É o sedã mais vendido do país – "Depois do Fusca", conforma brinca o diretor de marketing da GM, Gustavo Colossi. Seu objetivo é conquistar um público novo, que até então não tinha condições de comprar nem sequer um automóvel usado, que dirá um zero-quilômetro.
Para isso o trunfo são linhas mais angulosas, com lanternas envolventes que avançam sobre a tampa do porta-malas, tornando todo o conjunto mais requintado. Sim, funciona. O para-choque também ganhou novas linhas. É, na prática, um carro totalmente novo (para o brasileiro) por fora. Por dentro, é o velho Classic (aquele que até agora tinha a carroceria do Corsa 1994).
Seus preços começam em R$ 28.294. Com ar quente e protetor de cárter, o valor salta para R$ 28.695. A versão com ar-condicionado vai a R$ 32.053. Com ar-condicionado e direção hidráulica, chega a R$ 33.490. Tudo isso mais vidros e travas elétricos, além de alarme, levam o modelo a R$ 34.534. Com o novo modelo, o Classic passa a adotar a nomenclatura global dos veículos Chevrolet – o Agile chega nas versões LT e LTZ, lembra? –, sendo oferecido em uma única versão, a LS. Nas concessionárias são oferecidos diversos pacotes de acessórios.
E como fica o Prisma, sedã baseado no Celta, vai perguntar o leitor. Simples: nas versões 1.0 o modelo fica na versão Joy e parte de R$ 30.500 e, na 1.4, só é oferecido na Maxx, ao preço de R$ 32.100. Assim o Classic ganha uma razoável sobrevida e caminha para ser o sedã mais vendido na história da Chevrolet no país, marca que deve ser alcançada até o final do ano. Lembrando que o posto hoje pertence ao Chevette, cuja versão sedã vendeu aproximadamente 1.065.000 unidades entre 1973 e 1994.
"O Chevrolet Classic é um carro com custo-benefício excelente, que atende às necessidades dos clientes, com a vantagem de estar agora ainda mais bonito", diz Ardila. Em um test-drive realizado entre Guarulhos e Bertioga (SP), foi possível constatar que o veículo está praticamente igual ao anterior em termos de comportamento dinâmico, dirigibilidade e ergonomia.
Motorização
O motor é 1.0 Flexpower VHCE de 77 cv (cavalos) com gasolina e 78 cv com álcool. Segundo a GM, quando abastecido com gasolina, sua autonomia pode chegar a 900 quilômetros. Sui generis é o fato de ser o único modelo da Chevrolet com produção possível em três das quatro fábricas da GM no Mercosul – São José dos Campos e São Caetano do Sul (SP) e em Rosário, na Argentina.
Voltado à "nova classe média brasileira", o Classic 2011 traz como principal novidade o sistema de som PRDS (Pósitron Radio Data System), desenvolvido pelo fornecedor PST Electronics em parceria com a Chevrolet. Oferecido como acessório, o equipamento permite a recepção de notícias e mensagens por FM.
É possível receber informações diferenciadas, além de dicas relativas ao plano de manutenção do veículo, como revisões e outros serviços. O equipamento traz ainda entrada auxiliar frontal, compatível com MP3 player, entrada traseira para USB e três faixas de equalização (graves, médio e agudos) com ajuste de freqüência. A linha conta também com controle de distorção e uma potência generosa.
A julgar pelos filmes de TV apresentados durante a convenção para a imprensa – em um deles, ele é usado pelo pai para levar sua filha noiva à igreja –, o modelo deverá ser oferecido como o "carrão" de uma classe emergente. Sim, há planos de financiamento com entrada de apenas 20%. Em outros casos, com entrada de 40%, há prestações decrescentes partindo de R$ 510,87. São estratégias agressivas para alcançar as 11 mil unidades mensais – 20% a mais do que era comercializado até agora.
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